Secretarias de Comunicação oficializam Fórum para articular ações conjuntas

A comunicação governamental foi um dos pontos da pauta no 13º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, ocorrido no Amapá, na quinta e sexta-feira, 26 e 27. Pela primeira vez, o eixo foi discutido e inserido na Carta de Macapá, documento que os governadores assinam, conjuntamente, focando no desenvolvimento da Amazônia. O secretário de Comunicação do Estado do Pará, Daniel Nardin (foto), destacou que a discussão e o compromisso entre os Estados em pactuar a parceria podem mudar o modelo de comunicação prestada pelos governos à sociedade. “Nossa forma de se comunicar com o cidadão ainda é muito unidirecional. Precisamos repensar a respeito dos métodos aplicados nos governos, debater sobre o relacionamento com a imprensa e entender as novas tecnologias para se adequar aos novos moldes de divulgação, planejamento e gerenciamento de crises”, declarou. FOTO: JORGE COSTA / SECOM-AP DATA: 27.01.2017 MACAPÁ - AP
O grupo de comunicadores foi idealizado durante o 13º Encontro de Governadores da Amazônia Legal, realizado em Macapá (AP), no início do ano

Foi formalizada nesta terça-feira (21), em Brasília, a criação do Fórum Permanente das Secretarias de Comunicação dos Estados da Amazônia Legal. O grupo de comunicadores foi idealizado durante o 13º Encontro de Governadores da Amazônia Legal, realizado em Macapá (AP), no início do ano. Por aclamação, foi definido que a coordenação neste primeiro ano ficará com o secretário de Comunicação do Pará, Daniel Nardin, a vice-coordenação com Andréa Zílio, do Acre e a secretaria-executiva com Amaral Augusto, do Amazonas.

Também participaram da reunião de trabalho os secretários de comunicação do Tocantins, Kenia Borges, e de Roraima, Gustavo Abreu. Os outros secretários que compõem o grupo também aprovaram o Estatuto e a escolha da primeira coordenação. A intenção do Fórum é realizar ações de promoção da Amazônia em conjunto, além de desenvolver novas formas de gestão e governança da comunicação.

“Temos desafios de gestão da comunicação semelhantes e a troca de experiência pode produzir bons resultados. Além disso, somente com esforço conjunto podemos de fato melhorar a comunicação, tanto no diálogo dos governos com os cidadãos, superando o modelo unidirecional já ultrapassado, assim como aperfeiçoar a relação com a imprensa que faz cobertura da região. Temos um desafio enorme, com estereótipos que precisam ser desconstruídos. Mas, para que esse processo possa avançar, precisamos trabalhar pelo o que nos une que é a Amazônia, uma região muito falada, mas pouco conhecida pelo mundo”, destaca o coordenador do Fórum, Daniel Nardin.

 A criação do Fórum Permanente das Secretarias de Comunicação dos Estados da Amazônia Legal foi formalizada nesta terça-feira (21)

A criação do Fórum Permanente das Secretarias de Comunicação dos Estados da Amazônia Legal foi formalizada nesta terça-feira (21)
Durante a reunião de trabalho, foi definido que a coordenação neste primeiro ano ficará com o secretário de Comunicação do Pará, Daniel Nardin
Durante a reunião de trabalho, foi definido que a coordenação neste primeiro ano ficará com o secretário de Comunicação do Pará, Daniel Nardin

Para a vice-coordenadora do Fórum, Andréa Zílio, compartilhar é essencial para que os estados agreguem o trabalho um do outro, promovendo ações integradas que mostrem o potencial da Amazônia, suas transformações sociais, econômicas e ambientais. “A Amazônia Legal é integrada por nove estados que possuem afinidades, desafios parecidos, mas que também são muito diferentes. Conciliar isso em objetivos únicos é uma forma de fazer a voz que temos ecoar mais distante. Acreditamos nesse trabalho conjunto”, comentou Zílio.

O desenvolvimento da Amazônia Legal também passa por uma política de comunicação voltada para as potencialidades da nossa região, é nisso que aposta o secretário do Fórum, Amaral Augusto. “O Brasil precisa pensar a Amazônia de forma estratégica e a maneira como os estados pensam a comunicação pode diminuir as distâncias entre eles e o restante do país. Integrar as ações é garantir mais efetividade e potencial prático, além de garantir um intercâmbio muito importante de resultados”, ressaltou Amaral.

Amazônia em pauta

Nesta quarta-feira (22), os representantes do Fórum estarão reunidos, em conjunto com os secretários de Turismo dos Estados, em nova reunião no Ministério do Turismo, em Brasília, para o primeiro desdobramento de uma audiência realizada há cerca de um mês, com o ministro Marx Beltrão, quando solicitaram a realização de uma campanha de divulgação e promoção nacional e internacional do turismo na Amazônia, à semelhança do que foi feito recentemente para o Nordeste pelo Governo Federal. Posteriormente, o Fórum deverá realizar um novo encontro já em maio, durante o Encontro de Governadores, quando definirá o Plano de Trabalho para o restante de 2017.

Comunicação como ferramenta de gestão

Em janeiro, pela primeira vez o eixo “Comunicação” foi discutido e inserido na Carta de Macapá, documento que os governadores assinaram, conjuntamente, focado no desenvolvimento da Amazônia.

No documento, os governadores reconhecem e ratificam a criação do Fórum, cuja missão é “fomentar práticas de comunicação voltadas ao cidadão, ampliando a possibilidade de diálogo direto e o fortalecimento de uma comunicação cidadã que envolva e engaje toda a sociedade nas políticas públicas, além de realizar um esforço conjunto para enfrentar os estereótipos historicamente criados acerca da Amazônia”.

“Vamos mostrar ao Brasil e ao mundo que temos uma Amazônia de belezas, de saberes tradicionais dos nossos povos e oportunidades diversas em negócios sustentáveis. O nosso desafio é ressaltar a diversidade da Amazônia e contribuir para sermos a vanguarda econômica, social, cultural e ambiental do planeta”, disse o secretário de Roraima, Gustavo Abreu.

Outra ideia validada pelos secretários e que deverá ser implantada é a criação de uma Agência de Notícias da Amazônia, reunindo informações de dados sobre a região, assim como realizar seminários e treinamentos para os profissionais e estudantes de comunicação nos Estados da Amazônia.

“Ações conjuntas como vimos aqui, proporcionam troca de experiências, agregam valores, fomentam a nossa rica região da Amazônia, além de proporcionar campanhas publicitárias não habituais como veiculação em nível internacional, o que, consequentemente, acaba otimizando os custos”, complementa Kênia Borges, do Tocantins.

Fonte: Agência Pará