Mão sempre alerta

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O autoexame e a mamografia podem detectar a tempo o câncer de mama, curável em 95% dos casos quando diagnosticado precocemente. Para reforçar a importância da prevenção, a nova campanha da Fundação Laço Rosa – #MãoSempreAlerta –  tem como “embaixadoras”da causa as atrizes Isis Valverde, Sabrina Sato e Alexandra Richter.

No hotsite da campanha, uma ilustração ensina a fazer o autoexame.

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A campanha também busca o engajamento nas redes sociais. Foram disponibilizadas uma série de ilustrações de mãos – uma delas é assinada pela artista plástica Beatriz Milhazes – para colar na imagem de perfil do Twitter ou Facebook, via Twibbon. A criação é da F/Nazca Saatchi & Saatchi.

Laço Rosa

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A Fundação Laço existe desde 2010. Além de informações sobre prevenção ao câncer de mama, tem programas de atendimento direto aos pacientes como o banco de perucas. Já o Força na Peruca é para quem quer ajudar doando o próprio cabelo. Marcas como a Nutrella (veja imagem acima) são apoiadoras do trabalho da ONG – conheça os demais em Amigo Rosa – e tratam o tema internamente, dentro da própria empresa com campanhas de conscientização, e também com ações voltadas para os consumidores.

Boato criminoso

Durante o #OutubroRosa, um boato criminoso (hoax) está circulando nas redes sociais e WhatsApp afirmando que a mamografia causaria câncer de mama. Para piorar, o hoax cita o Dr.Drauzio Varella como fonte das informações. Em entrevista à BBC Brasil, ele contou que recebeu, via WhatsApp, diversas cópias de um vídeo que citava seu nome. “É uma dessas teorias conspiratórias horríveis! Que horror!”, disse à reportagem de Camilla Costa da BBC Brasil, publicada em 07/10/2016.

No vídeo, que também circula no Facebook, uma mulher não identificada afirma que, segundo Varella, os casos de câncer de tireoide em mulheres estariam aumentando por causa da realização de mamografias e radiografias odontológicas. Dr. Dráuzio Varella afirmou que vai processar a autora do vídeo.

O boato não é novo. Circulou por e-mail em 2013, quando chegou a ser desmentido por sites que desmascaram farsas na internet. Na época, as afirmações eram atribuídas ao programa americano de TV The Dr. Oz Show, comandado pelo médico Mehmet Öz. Entre 2014 e 2015, uma versão passou a circular no WhatsApp, já atribuída a Drauzio Varella, que tem mais prestígio que o Dr. Oz por aqui. Segundo a BBC, a novidade de 2016 é o vídeo, cuja circulação explodiu justamente no “outubro rosa”, mês de conscientização sobre o diagnóstico do câncer de mama.

A BBC Brasil pontuou também o que há de errado na mensagem do vídeo. Confira abaixo.

Houve realmente uma alta nos casos de câncer de tireoide?

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a taxa de incidência desse tipo de câncer tem aumentado cerca de 1% ao ano na maioria dos países do mundo. Mas isso se deve ao fato de que o exame que detecta um tumor está sendo realizado com mais frequência. A taxa de mortalidade do câncer de tireoide, no entanto, está caindo na maioria dos países, diz o Inca, provavelmente por causa da melhoria do tratamento. A incidência de nódulos benignos e de câncer na tireoide é de duas a três vezes maior em mulheres do que em homens. De acordo com o Inca, fatores hormonais podem explicar essa diferença. “Mas isso sempre foi assim, muito antes de existir mamografia”, explica Varella.

Mamografias e raios-X trazem risco de câncer?

Ainda em 2015, quando a versão escrita do boato começou a circular nas redes, a Comissão Nacional de Mamografia – formada pelo Colégio Brasileiro de Radiologia, pela Sociedade Brasileira de Mastologia e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia – divulgou uma nota afirmando que “o risco de indução de câncer de tireoide após uma mamografia é insignificante”.

Por que o ‘protetor de tireoide’ não é usado pelos pacientes que fazem esses exames?

Em sua nota, Comissão Nacional de Mamografia afirma que não recomenda o uso do protetor de tireoide porque ele “pode interferir no posicionamento da mama e gerar sobreposição – fatores que podem reduzir a qualidade da imagem, interferir no diagnóstico e levar à necessidade de repetições de exames”. A decisão, diz a nota, está de acordo com a posição da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU. Um documento da AIEA, publicado em 2011, afirma que “na mamografia moderna, há uma exposição insignificante para outros locais que não seja a mama” e que os protetores podem ser fornecidos a pedido dos pacientes, mas tem valor “psicológico”.

Fonte: Comunica que muda