E se eles estivessem no lugar delas?

Conheça a campanha que faz os homens sentir na pele o que é sofrer um assédio verbal e sexual.

https://www.youtube.com/watch?v=egHyE7W_woI

Os homens que navegaram nos últimos dias vídeos dos sites da ESPN, GQ e UOL – que têm público predominante masculino – sentiram na pele o que é sofrer um assédio verbal e sexual. Pode parecer estranho, mas não foi por acaso. Esta foi a campanha que a agência F.biz criou para o Instituto Maria da Penha com o objetivo de fazer os homens entenderem que assédio às mulheres não é, de forma alguma, um elogio.

Na série de anúncios, um homem se dirige ao espectador usando uma linguagem e feições completamente vulgares, causando um enorme desconforto e constrangimento. Exatamente como as mulheres se sentem ao serem assediadas (algo que muitos homens acreditam ser normal e aceitável). Para que o homem não fuja do assédio no vídeo e experimente essa sensação por mais tempo, o anúncio não permite que se use o botão “pular anúncio” e nem que ele diminua o volume. “Esse vídeo não pula, não para, não avança e nem silencia. É como um assédio real que as mulheres sofrem todos os dias nas ruas. Sem poder escapar. Assédio não é elogio. É violência”, diz a mensagem da campanha.

Foi desenvolvido também  o hotsite Cale o Assédio, para recolher adesões ao abaixo assinado do Instituto Maria da Penha por leis com punições mais severas contra o assédio. O Instituto denuncia que que o assédio verbal que as mulheres sofrem diariamente nas ruas não é tratado com o rigor que deveria, como acontece em outros países.

O assédio em números

Segundo o estudo “Mapa da Violência 2015 – Homicídio de Mulheres no Brasil¹”, publicado pela Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres Presidência da República (SPM-PR), em 2014, cerca de 405 mulheres foram atendidas nas unidades de saúde do País todos os dias devido a violência física (48,7%), psicológica (23%) e sexual (11,9%). Veja aqui outros posts que o blog já publicou sobre campanhas contra as diversas formas de assédio às mulheres.

Fonte: Comunica que muda