Articulação entre instrumentos de comunicação para estimular participação

Estudo realizado junto a participantes de audiências públicas em Belo Horizonte mostrou que o emprego de estratégia de comunicação direta, normalmente pessoal e exercida pelos reeditores sociais (como líderes comunitários e sindicais) tem mais capacidade de mobilizar os cidadãos para participar de audiências públicas do que ferramentas tradicionais como divulgação no site e informação à imprensa. O trabalho foi realizado entre junho e dezembro de 2011 e incluiu pesquisa de campo com aplicação de questionário aos participantes de audiência, entrevistas semi-estruturadas com líderes comunitários e sindicais e observação direta em audiências.

Os autores alertam, nas conclusões, entretanto, que “isso não significa que os instrumentos de comunicação direta sejam mais importantes que os de massa e segmentada e que, portanto, esses últimos possam ser deixados de lado. Em verdade, os três tipos são necessários”. “Há que se pugnar pela complementaridade entre os diferentes instrumentos de comunicação nos processos de mobilização, estando-se seguro, todavia, de que a mobilização em si é fruto da comunicação direta promovida pelos reeditores sociais”.

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Texto: Jorge Duarte